sexta-feira, 5 de março de 2010

PERDOAR

PERDOANDO É QUE SEREMOS PERDOADOS
Por mais que oremos e mentalizemos há casos que a coisa. almejada não se realiza; É porque existe um obstáculo escondido. É porque não se perdoou alguém.
Quando sentimos ódio ou guardamos .mágoa.de alguém, esse sentimento penetra em nosso subconsciente e, mesmo que nós já o tenhamos esquecido superficialmente, aquilo permanece lá e não se apaga facilmente.
Enquanto Continuar existindo esse inconsciente, toda oração é inútil, por mais fortemente que oremos. .
Portanto, antes de orarmos para realizar algo, devemos fazer oração para perdoar o próximo. Somente quem perdoa será perdoado.

O ERRO COMO RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO PROCESSO AVALIATIVO DO ENSINO APRENDIZAGEM

Neste artigo será feito uma abordagem do erro pedagógico como reconstrução do conhecimento no processo de avaliação do ensino fundamental. Comenta-se as concepções de avaliação, observando a visão equivocada do erro, abordando o papel da escola na sociedade capitalista, ratificando a importância da relação entre aprendizagem e desenvolvimento, reconhecendo ainda, o papel construtivo do erro na avaliação. Ressaltando a prática da avaliação escolar no ensino fundamental, e apresentando uma proposta do erro como reconstrução do conhecimento no processo ensino-aprendizagem no ensino fundamental para intervenção da realidade estudada, através do olhar carinhoso do professor para as avaliações, buscando novas maneiras de aprender e sugerindo a reavaliação das respostas dando oportunidade aos alunos de reconstruírem seus conhecimentos a partir da análise dos erros e levantamento dos acertos.

PALAVRAS-CHAVE: avaliação; erro pedagógico; construção do conhecimento.

ABSTRACT

In this article it will be made an approach of the pedagogic mistake as reconstruction of the knowledge in the process of evaluation of the fundamental teaching. It is commented on the evaluation conceptions, observing the mistaken vision of the mistake, approaching the paper of the school in the capitalist society, ratifying the importance of the relationship between learning and development, still recognizing, the constructive paper of the mistake in the evaluation. Emphasizing the practice of the school evaluation in the fundamental teaching, and presenting a proposal of the mistake as reconstruction of the knowledge in the process teaching-learning in the fundamental teaching for intervention of the studied reality, through the teacher's affectionate glance for the evaluations, looking for new ways to learn suggesting the revaluation of the answers giving opportunity to the students of they rebuild their knowledge starting from the analysis of the mistakes and rising of the successes.

Word-key: evaluation, pedagogic mistake, construction of the knowledge.

1. INTRODUÇÃO

A complexidade da avaliação da aprendizagem no cotidiano escolar tem levado alguns professores à tomada de decisões equivocadas na tentativa de corrigir os erros com outro bem mais marcante “o castigo”, na figura da nota..

O papel fundamental que desempenha a avaliação no processo educativo nas ultimas décadas, tem sido pauta de debate de alguns educadores preocupados com a formação e a participação ativa do aluno no processo ensino–aprendizagem. Uma proposta de avaliação, não como forma de verificar se os alunos memorizaram conceito, mas enquanto, procedimento pelo qual os professores comparam seus objetivos com as atividades desenvolvidas, a fim de verificar se estão sendo monitorados através das atividades ou se, necessitam de alteração dos objetivos proposto inicialmente.

No anseio pela qualidade do ensino fundamental, optou-se por trabalhar a avaliação na perspectiva do erro pedagógico como reconstrução do conhecimento no processo ensino-aprendizagem.

A pesquisa desenvolvida organizou-se em um estudo bibliográfico com objetivo de propor diretrizes para trabalhar o erro como reconstrução do conhecimento no processo avaliativo da educação no ensino fundamental.

Baseado na história da prática escolar onde o castigo e suas variadas formas perderam o caráter de agressão física, mas continua sendo o monstro temeroso apresentado pelo professor na figura da prova, apresenta-se uma proposta para o ensino fundamental, fazendo oposição ao autoritarismo tradicionalista, dando ênfase ao trabalho participativo, aos interesses do aluno, aproveitando o contexto escolar, a realidade cultural na qual a escola esteja inserida e onde se realizam as avaliações.

Durante toda trajetória da pesquisa encontra-se o professor como mediador entre a criança e os conteúdos curriculares, conduzindo, facilitando e orientando o aluno na construção do seu conhecimento, que por sua vez é organizado pelo próprio aluno de acordo com o seu desenvolvimento no contexto social.

Nesta perspectiva a pesquisa foi organizada fazendo primeiramente um panorama da avaliação analisando a visão equivocada do erro, o papel da escola na sociedade, relacionando desenvolvimento e aprendizagem, observando o papel construtivo do erro na avaliação, ressaltando ainda a proposta de uma avaliação com base na psicologia piagetiana, enfatizando a inteligência humana, o erro e seus aspectos relevantes na prática avaliativa e por fim considerações sobre a importância dos professores estarem ultrapassando barreiras convencionais.

Na busca pela qualidade do ensino fundamental, optou-se por trabalhar a avaliação na perspectiva do erro pedagógico como reconstrução do conhecimento no processo ensino-aprendizagem.

A pesquisa desenvolvida organizou-se em um estudo bibliográfico com objetivo de propor diretrizes para trabalhar o erro como reconstrução do conhecimento no processo avaliativo da educação no ensino fundamental.

Baseado na história da prática escolar onde o castigo e suas variadas formas perderam o caráter de agressão física, mas continua sendo o monstro temeroso apresentado pelo professor na figura da prova, apresenta-se uma proposta para o ensino fundamental, fazendo oposição ao autoritarismo tradicionalista, dando ênfase ao trabalho participativo, aos interesses do aluno, aproveitando o contexto escolar, a realidade cultural na qual a escola esteja inserida e onde se realizam as avaliações.

Durante toda trajetória da pesquisa encontra-se o professor como mediador entre a criança e os conteúdos curriculares, conduzindo, facilitando e orientando o aluno na construção do seu conhecimento, que por sua vez é organizado pelo próprio aluno de acordo com o seu desenvolvimento no contexto social.

Nesta perspectiva a pesquisa foi organizada fazendo primeiramente um panorama da avaliação analisando a visão equivocada do erro, o papel da escola na sociedade, relacionando desenvolvimento e aprendizagem, observando o papel construtivo do erro na avaliação, ressaltando ainda a proposta de uma avaliação com base na psicologia piagetiana, enfatizando a inteligência humana, o erro e seus aspectos relevantes na prática avaliativa e por fim considerações sobre a importância dos professores estarem ultrapassando barreiras convencionais.

2. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação ao longo dos tempos vem tentando desintegrar-se da prática secular de provas que serviam apenas para medir, dando ênfase aos acertos, concebida meramente como um processo técnico de medir o quanto o aluno aprendeu, de comparação, vista dessa forma como uma sentença e não como diagnóstico. A avaliação apresenta-se em todo contexto da vida, e se organiza como área de estudo educacional a partir do meado do século passado, com uma postura tradicional classificatória transformando a avaliação em um ato de aplicar provas, atribuir notas, com um único objetivo: aprovar ou reprovar.

Superar essa tradição exige compromisso por parte do educador e uma dose de boa vontade.

Cabe ao professor a consciência de estar formando cidadãos para uma sociedade do 3° milênio e, portanto conceber a idéia que os alunos de hoje são diferentes dos alunos das décadas de 50 e 60, onde predominava o castigo corporal e não era valorizado o potencial, o grau de aprofundamento, o raciocínio lógico, o aluno precisava apenas ler, escrever e desenvolver operações matemáticas.

O professor deveria estar consciente do seu papel de educador e colaborador do processo educacional.

A avaliação ainda é concebida como principal agente mediador do processo de aprendizagem e o aluno, uma vez que o sistema avaliativo no ensino fundamental na maioria das escolas está ligado a nota como resultado dos testes. Celso Antunes diz que “vivemos em uma sociedade testista”, que só valoriza as coisas que são medidas em função de testes dando ênfase ao sistema de avaliação meramente quantitativo, quando o que deve ser modificado é o olhar do professor sobre esses testes/provas, a maneira como elaborar perguntas, e seria bem mais fácil buscar caminhos, seguindo as orientações deixadas por Piaget, utilizando os desafios para melhor ensinar e conseqüentemente aprender.

A avaliação deve ser compreendida dentro de uma visão ampla que oportunize o crescimento do aluno e a qualidade da escola.

O papel da escola hoje é educar para a sociedade, mas uma sociedade recheada de valores e qualidades, fazendo com que o aluno se aproprie do conhecimento de forma clara, objetiva e inclusiva.

Daí coloca-se a necessidade da avaliação, da classificação, desprendendo-se do autoritarismo inerente à concepção de avaliação como julgamento.

3. O PERFIL DA ESCOLA NA SOCIEDADE CAPITALISTA

A educação tem sido direcionada a servir de instrumento de transmissão de ideologia das classes dominantes com o objetivo de reproduzir a força de trabalho necessária aos interesses do capitalismo, utilizada pelas classes dominantes , contribuindo para a preparação de mão de obra barata e não para a formação de alunos críticos.

Dessa forma, a escola exerce amplo papel perante a sociedade, limitando as condições de ação coletiva ao inserir os indivíduos em uma trama de práticas sociais, preparando uma mão de obra assalariada satisfeita e passiva.

Esses interesses se concretizam na prática da avaliação através do conceito classificatório que se articula como atividade escolar inserida em uma sociedade de classe como ponto privilegiado de apreensão das relações entre o funcionamento do sistema de ensino e a perpetuação nas estruturas das relações de poder e dominação.

O processo de exclusão e seleção na escola pode ter conseqüências como à reprodução e o fracasso social.

Como conseqüência acaba vendendo a única coisa que lhe restou para continuar sobrevivendo: sua força de trabalho na maioria das vezes, mão-de-obra barata. Assim se faz a seleção no interior da escola. Em outro prisma, o sistema capitalista força o individuo a se retirar da escola devido a sua condição sócio-econômica gerada pelo próprio sistema e, do outro lado, encontra-se a escola contribuindo para que este se sinta fracassado e aceite esta situação como mero destino traçado desde o seu nascimento, e assim, se perpetua a reprodução das classes sociais.

A política educacional implantada no país não tem interesse em manter a qualidade no ensino para aqueles que ainda se encontram na escola. São reduzidos os investimentos para o ensino publico, tendo em vista que a grande maioria da população estudantil está inserida nesse contexto, formando a massa geradora de lucro. A escola por sua vez vem contribuindo para esse fracasso através da prática avaliativa classificatória, das relações interpessoais autoritárias, atendendo aos interesses de uma minoria.

Pode-se perceber que a exclusão não é algo puramente individual, por que não acontece com um ou com outro aluno e tão pouco periodicamente. Mas está acontecendo todos os dias em grande proporção, principalmente com alunos de escolas publicas, pois estes não conseguem perceber e a escola nada faz para que percebam a importância do surgimento de uma união de base da população, onde a própria escola pode ser um instrumento fortalecedor, conscientizador e transformador.

4. A VISÃO DISTORCIDA DO ERRO

A instituição escolar sempre criou mecanismos de coação para manter os alunos sob controle, obedientes, pontuais, estudiosos e atentos. No passado as medidas primitivas eram em geral físicas. Até hoje esta pratica ainda se faz presente no contexto escolar.

O castigo na escola é o mecanismo de coação que se aplica ao aluno que não aprende os conhecimentos transmitidos pelo professor. Se o aluno errar, o professor nunca se auto avalia sob o ponto de vista de que também participa do processo ensino aprendizagem e que o erro não revela fracasso só do aluno. Ambos estão juntos. Se o aluno não se enquadra nas normas de condutas estabelecidas, deve ser castigado, para que pague pelo erro e aprenda?

Essa idéia de culpa esta relacionada à concepção filosófica religiosa de que o homem já nasce pecador. A partir dessa culpa o individuo castiga os outros com a projeção do seu sentimento de culpa e punindo-se, também, por julgar-se culpado.

Dessa forma, a escola nada mais faz do que reforçar no aluno um sentimento de culpa e de medo, que inibe a ação consciente de cidadão, a coragem de lutar pelos seus direitos.

É importante enfatizar que na prática escolar alguns professores levam o aluno a se sentir culpado, alem de único responsável pelo erro, aplicando o castigo como forma de correção, transformando a avaliação que poderia ser construtiva em um tribunal onde a qualquer momento o juiz baterá o martelo determinando a condenação.

Baseado nesse enfoque seria a avaliação um tipo de violência?

Observa-se que o interesse do professor na maioria das vezes não é identificar quem sabe o que foi ensinado e sim quem não assimila o conteúdo para assim aplicar-lhe o castigo como forma de correção.

Dessa forma, o aluno vai internalizando desde os primeiros anos escolares, que deve estar constantemente preparado para ser medido, classificado e rotulado, visto como um objeto da avaliação.

A concepção pedagógica atual não mais aceita castigo de qualquer natureza, física ou psicológica. A percepção de erro que gerava a culpa e o castigo tem servido de ponto de reflexão para alunos, professores e pesquisadores como: HOFFMANN, LUCKESI, VASCONCELOS e AQUINO.

Entretanto, na prática ainda é comum um professor criar um clima de medo, mantendo a criança tensa, como se esse método levasse o aluno a aprender. Muitos professores fazem questionamentos aos seus alunos, até encontrar aquele que não assimilou o conteúdo e consequentemente apresentando uma resposta errada, sobre quem recairão as críticas, as ridicularizações e a classificação de fraco.

O castigo mais comum é a ameaça: ameaça de reprovação, nota baixa, etc... seguido de surpresas e até mesmo de gozação de respostas aparentemente absurdas, o que poderá causar no aluno, traumas como: medo, vergonha , ansiedade etc.

Ao analisar o erro e a culpa sobre essa perspectiva, LUCKESI, chega a uma visão muito mais ampla: a das relações sociais da sociedade capitalista brasileira. Se a escola é um aparelho ideológico do Estado, a culpa e o medo seriam mecanismos ideológicos de controle.

A pratica pedagógica não avalia o erro, o fato, mas uma imagem do mesmo carregada de preconceitos. O fato já é prejulgado e condenado, a conduta só é considerada errada na medida em que a outra é valorizada como correta. Sem padrão não há erro, mas sim resultados insatisfatórios.

Na constituição escolar brasileira é considerado um erro de conduta conversar durante as aulas, dizer o que pensa e não o que deve ser memorizado, usar a linguagem popular e não a burguesa. Em uma outra sociedade, no qual a cultura da classe trabalhadora fosse valorizada, conversar, dizer o que pensa e falar a linguagem popular seriam até qualidades de pessoas ativas com facilidade para comunicar-se.

Desse modo, a escola conforme AQUINO ( 1997,p.99) “ Se torna um local de repressão, reprovando as atitudes que considera erradas e através do erro vai consolidando não como um fato a ser trabalhado, mas como constatação do fracasso do aluno e de uma ação autoritária, contribuindo para a formação de indivíduos passivos” tendo como resultado a reprodução contínua do erro e do fracasso, e sendo estes naturalizados como efeitos inerentes a vivencia escolar.

5. O PAPEL CONSTRUTIVO DO ERRO PEDAGOGICO NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Atualmente a tendência nos meios educacionais é conceber o erro como indicador para o redimensionamento do planejamento curricular, dos métodos e estratégias. O erro já não é visto como ineficiência unilateral mas do dois pólos do processo ensino-aprendizagem. O entendimento de que o erro pode resultar de vários fatores , envolvendo escola, o currículo, a pratica educativa do professor e o esforço dos alunos tem levado os educadores a uma nova concepção do processo de avaliação.

O erro nessa perspectiva era visto por Demóstenes como uma esperança e dessa forma busca0se o caminho a percorrer no sentido certo. OAERESHOT apud AQUINO (1997, p.12) afirma “a aprendizagem não começa com a ignorância, mas com o erro”.

Entre os fatores que interferem na avaliação da aprendizagem estão os critérios adotados pelo professor, os instrumentos, os objetivos a serem avaliados e a propria situação do avaliador que interpreta resultados.

Dessa forma, o professor deve levar o aluno a se conscientizar do erro cometido, levando-o a reconhecer que se trata de um problema a ser superado.

O professor, ao fazer uma avaliação, não pode ancorar-se em um único aspecto de fenômeno, na didática, nos fatores sociais ou outros. O ato de avaliar deve estar articulado a todos os fatores que podem interferir no processo ensino-aprendizagem da escola, tanto internos quanto externos. Assim o professor e o aluno terão condições de chegar á raiz das causas do erro, conforme versão da maioria dos educadores.

A avaliação está assentada na pedagogia piagetiana como processo de construção de conhecimento, sem levar em conta as relações sociais e econômicas, nem a didática docente. Segundo a metodologia Piagetiana utilizando-se os instrumentos indicados, o desenvolvimento cognitivo da criança desenvolve-se sem problemas.

Nesse caso, se o resultado não for satisfatório, o erro é da criança que deve ser conscientizada de suas falhas. Isto significa que a criança será culpabilizada por um erro que pode não ser totalmente seu.

Nesse sentido ele não será visto como uma derrota, mas um novo ponto de partida e o professor deve avaliar o progresso de seus alunos com esse mesmo espírito positivo, refletindo sobre o que o aluno já sabe e não sobre o que não sabe.

O erro deriva da existência de um padrão já estabelecido. Caso a conduta não corresponda ao padrão, o professor costuma avaliar como desvio e não como caminho já percorrido em direção ao acerto.

Com base nessa conjuntura, pode-se considerar a avaliação enquanto mediação do processo ensino-aprendizagem e nao como um fim em si mesmo, ou como instrumento de coação, punição e marginalização.

A avaliação deve ser um meio para o professor e o aluno caminharem rumo aos objetivos, considerando o progresso e percurso em relação ao que já aprendeu e o que falta assimilar. Assim, a avaliação será exercida como mediação entre professor, aluni e saber, servindo de reorientação do processo ensino-aprendizagem na direção dos objetivos propostos.

A avaliação pode e deve possibilitar continuidade do processo educacional, mas precisa ser colocada a favor da aprendizagem.

Entretanto, se a escola tem por objetivo o processo de apropriação e construção do conhecimento pelo aluno, a avaliação deve servir á orientação da aprendizagem, e assim, os acertos, os erros, as dificuldades e duvidas que o aluno apresenta são evidencias significativas de como o aluno está interagido com o conhecimento, construindo essa pratica como uma investigação do processo educacional, como meio de transformação da realidade escolar, e desse modo, o professor avalia não para selecionar, mas para possibilitar a todos os alunos o conhecimento critico e criativo, instrumento necessário à transformação da realidade, e sobretudo, deixando de ser um instrumento de exclusão do aluno do processo educativo.

Ressalta-se a importância do compromisso de todos os envolvidos no sistema para assegurar a permanência do aluno na escola.

6. ESTRATÉGIAS PARA TRABALHAR O ERRO COMO RECONSTRUTOR DO CONHECIMENTO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

A necessidade de introduzir mudanças no sistema educacional, em especial no processo avaliativo foi o condutor no desenvolvimento da pesquisa fundamentada na avaliação buscando uma metodologia adequada para trabalhar o erro de modo que este se constitua fonte de crescimento do aluno, uma vez que é de grande importância detectar a origem do erro e como este acontece, transformando-o em um suporte para auto-avaliação.

A proposta abrange aspecto da inteligência humana relacionando-se com o erro, bem como no contexto da pratica avaliativa.

Para se compreender o significado da avaliação é preciso definir claramente o que seja aproveitamento escolar. Este, do ponto de vista da teoria psicogenética, refere-se às construções do conhecimento, isto é, à elaboração de formas de pensar e relacionar os conteúdos assimilados, e no progresso entre as construções já elaboradas pelos alunos e as que foram alcançadas, através da ação educativa da escola.

Entre os principais objetivos da escola destacam-se os seguintes: transmitir informações do patrimônio cultural da humanidade (conhecimentos físicos, biológicos, sociais); levar o aluno a construir funções cognitivas que permitam pensar e atuar sobre sua realidade; facilitando ao aluno a formação de atitudes e valores para a conduta individual e social.

A avaliação deve recair sobre o aproveitamento escolar previstos nos objetivos, para fazer-se uma avaliação real, efetiva do que o aluno assimila, o professor precisa conhecer as diversas teorias de ensino-aprendizagem, optando por aquela que incorpora os princípios defendidos pela escola e por si mesmo.

Muitos professores afirmam que seguem a abordagem fazendo muita confusão e misturando-as na prática educativa. Por exemplo, na visão de Piaget, aprender “não consiste em incorporar informações constituídas e sim, em redescobri-las e reinventá-las através da própria atividade do sujeito.” (DAVIS e ESPÓSITO 1990, p.71).

No caso especifico da avaliação no ensino fundamental, principalmente nos primeiros anos o professor deve conscientizar o aluno do erro cometido, levando-o a reconhecer que se trata de um problema a ser superado.

Dentro desta perspectiva, a avaliação do aproveitamento escolar exige que o professor decida entre os erros construtivos (aqueles que revelam progresso mental) e os erros que não sinalizam avanços nas estruturas cognitivas. Mas, a maioria dos professores não faz a separação entre esses tipos de erros, considerando-os todos construtivos.

Quando a criança enfrenta uma situação problema, adota uma estratégia que envolve dois aspectos centrais: uma idéia sobre o objetivo procurado e uma ação sobre os meios a serem adotados, isto é, compreensão do problema e procedimentos para resolvê-lo. Se a criança acerta, cabe ao professor propiciar novas situações problema que desencadeiam novos desequilíbrios, em sua forma de pensar, construindo novos patamares de estruturas cognitivas.

Dentro desse processo de construção do conhecimento, se a criança erra, três hipóteses podem ocorrer:

a) A criança possui a estrutura do pensamento necessário à solução do problema, mas selecionou procedimentos inadequados. A mesma já possui os esquemas do saber fazer, e esse erro não se refere à construção de conhecimentos, mas sim a falta de aprimoramento do conhecimento já construído. Por exemplo, erros de ortografia devem ser avaliados segundo o estagio de desenvolvimento cognitivo da criança. Nas primeiras séries onde a criança ainda não esta alfabetizada, um erro de ortografia pode significar um erro construtivo, pois revela que os esquemas da escrita já estão em desenvolvimento, faltando apenas mais aprimoramento. Na fase em que a criança já elabora a construção da linguagem escrita, o erro não pode ser classificado como erro construtivo por que significa erro de sistematização do código escrito, de distração ou de falta de treino;

b) A criança erra por que a estrutura de pensamento que possui não é suficiente para solucionar a tarefa; existem dificuldades para compreender o problema e selecionar os procedimentos, uma vez que a criança ainda não dispõe de todos os esquemas estruturais para resolver o problema;

c) A criança errou por que não possui a estrutura de pensamento necessária à solução de tarefas. Exemplo: a criança na fase pré-silábica que convivendo com material impresso (rótulos, propagandas, cartazes), não construiu ainda, a noção de palavras e frases.

Assim, a avaliação não significa a somatória de erros ou acertos reduzidos a nota ou conceitos, mas a interpretação de todo o percurso apresentado pelo aluno na busca da construção do seu conhecimento.

Entretanto, se o erro for concebido dessa forma, a avaliação deixa de ser medida, comparação ou julgamento e passa a ter uma importância social e política no fazer educativo.

A importância está em todas as atitudes e estratégias avaliativas que se adota e não são apenas as crianças que crescem e aprendem, pois todos constroem conhecimentos e, nesse processo possuem duvidas e dificuldades, fazem progressos e reestruturam suas forcas de ação buscando alcançar os objetivos e seu conhecimento, mesmo pela sua dificuldade, propostas e conquistas e a escola, em sua estrutura e funcionamento.

A aprendizagem na concepção de Piaget envolve assimilação, enquanto incorpora da realidade as estruturas cognitivas de que o sujeito dispõe em cada fase, contrapondo assim, com a idéia de aprendizagem como simples reação.

Os fatores importantes nessa concepção são as noções de equilíbrio e acomodação que permitem entender como se efetuem as modificações estruturais do conhecimento e após a acomodação, que consiste no reajuste das estruturas presentes, ou em uma adaptação ao conteúdo novo, estabelecendo-se o equilíbrio.

Portanto, podemos dizer que o ato de conhecer é um ato de interpretação porque conhecer significa assimilar o objeto à organização de que a inteligência é dotada. Esse sentido não está pronto e evidente nos objetos do conhecimento: “ele é fruto de um trabalho ativo de assimilação” (AQUINO, 1997, p.26).

O autor enfatiza ainda os tipos de erros que podem ser cometidos pela criança: positivo e negativo. A forma positiva refere-se a hipótese que a criança emite sobre o assunto, como no caso de escrever a palavra boneca, a qual escreve uma letra para cada sílaba. A forma negativa evidencia-se na contraposição entre o conhecimento correto e o incorreto. Por tanto o erro não pode ser avaliado apenas tomando-se como base o acerto.

6.1 Aspectos relevantes na prática avaliativa

1) Conhecer a filosofia educacional da escola e de seus referenciais teórico-práticos, os fins e a situação da escola como instituição que direta ou indiretamente, venham interferir na aprendizagem dos educandos;

2) Definir de forma clara os objetos a serem perseguidos, caso contrário, a avaliação será algo impreciso e sem consistência e, consequentemente, sem valor educativo e acima de tudo tendo consciência de que a avaliação não é realizada para atribuir uma nota, mas para possibilitar a aprendizagem;

3) Avaliação conjunta realizada diariamente; Ao final de cada dia as crianças avaliam o trabalho realizado, dizendo o que gostaram ou não, justificando as afirmativas. Em seguida, os alunos selecionarão as atividades que serão trabalhadas posteriormente.

Essa prática possibilita desenvolver o senso critico individualmente e, em grupo, assim como a criança percebe-se como membro integrante da escola.

4) Propiciar ao aluno um analise da sua própria produção. Nesse sentido, o professor deve redimensionar as respostas erradas do aluno, considerando que o erro pode levar o sujeito a modificar seus esquemas, enriquecendo-os. Em uma palavra, o erro pode ser fonte de tomada de consciência (AQUINO, 1997, p.36).

Nessa dimensão os erros e as dúvidas dos alunos são considerados como episódios altamente significativos e impulsionadores da ação educativa a partir deles os professores poderão investigar como o aluno se posiciona diante do mundo ao construir suas verdades.

5) Clareza e objetividade na avaliação; As provas elaboradas devem ser feitas com um significado, e não como processo avaliativo que vem evidenciar os erros e deglutação dos conteúdos repensados como ocorre comumente em sala de aula.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a pesquisa bibliográfica obtiveram-se informações relevantes que serviram de referencial para a elaboração da proposta, uma vez que a investigação realizada revelou que os professores, tradicionalmente adotam posturas unilaterais nos momento de avaliar, não levando em conta a multiplicidade de aspectos que envolvem a aquisição de conhecimentos. Assim, a maioria deles se dizem neutros como se a pratica educativa fosse isolada do contexto sócio-econômico e político onde se realiza, medindo o conhecimento adquirindo e comparam-no com os objetivos, sem nenhuma reflexão, realizando apenas um trabalho técnico de classificação dos capazes e incapazes.

Desse modo, o erro não é visto como uma fonte de crescimento do educando e nem respeita o estágio em que se encontra a criança, sem contribuição para o avanço progressivo do educando a um nível cognitivo mais elevado. Entretanto, de acordo com a pesquisa constatou-se a necessidade de uma prática que possibilite a elucidação das dúvidas, a oportunidade do aluno revelar seu pensamento, seus receios de cometer erro, impulsionando o entendimento de como se dá o conhecimento nos diferentes estágios de desenvolvimento da criança. A proposta apresentada possibilita ainda, que os professores possam ultrapassar posturas convencionais na avaliação do desempenho do aluno.

Com esta pesquisa buscou-se contribuir para a construção de outra história da avaliação, qual seja libertadora voltada para os interesses e necessidades do aluno. A postura do professor frente às alternativas de soluções construídas pelo aluno de estar comprometida com a concepção de que o erro seja utilizado para condicionar circunstâncias indispensáveis ao crescimento continuo do educando.

8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. Educação infantil: prioridade imprescindível. 3 ed. Rio de Janeiro: vozes, 2004,193 p.

AQUINO, Julio Gropa. Erro e fracasso na escola. Alternativas teóricas e praticas. São Paulo: ed. Summuns, 1997, 158p.

BONTEMPO, Luzia. O pedagogo na escola. Revista “construir noticias”, Recife – Pe: ed. Multimarcas, novembro/dezembro de 2005, n.25, ano V, p.40-42.

DAVIS, Claudia; ESPOSITO, Yara Lucia. Papel e função do erro na avaliação escolar. Cadernos de pesquisa. São Paulo: Fcc (74) agosto 1990, p 71 – 75.

DIDONÊ, Débora et al. O papel da avaliação. Revista “nova escola”, São Paulo: Abril, janeiro/fevereiro de 2007, p.30-33.

GADOTTI, Moacir. Educação e Poder: introdução à pedagogia do conflito. 13 ed. São Paulo: Cortez. 2003, p.65-73.

GREGOIRE, Jacques. Avaliando as aprendizagens: os aportes da psicologia cognitiva. Porto Alegre: ed. artes médicas sul, 2000, p.29-34.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio – uma perspectiva construtivista. 36 ed. Porto Alegre: ed. Mediação, 2006, p. 11-22.

KAMI, Constance; KATO, Yasuiko. Bom comportamento não é suficiente. Revista “pátio educação infantil”. Porto Alegre: ed. Artmed. Março/junho de 2005, n. 7, ano III, p. 16-19.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17 ed. São Paulo: ed. Cortez, 2005, p. 48-59.

PULASKI, Mary Ann Spencer. Compreendendo Piaget: uma introdução ao desenvolvimento cognitivo da criança. Rio de Janeiro: ed. LTC, 1986, p. 201-215.

RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Rio de Janeiro: ed. Vozes, 1998, p. 69-75.

SOUSA, Clarilza Prado de. Avaliação do rendimento escolar. 6 ed. São Paulo: ed. Papirus, 1997, 180p.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar. 4 ed. São Paulo: ed. Libertad, 1994, 104p.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

POR QUE AS PESSOAS GRITAM

PROFª. ESP. FILOMENA LAGES
POR QUE AS PESSOAS GRITAM?
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?” “Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles. “Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?”, questionou novamente o pensador.
“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar:
“Então não é possível falar-lhe em voz baixa?” Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu opensador. Então ele esclareceu: “Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O falo é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância, precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. As vezes estão tão próximos os seus corações, que nem falam, somente sussurram. Quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.” Por fim, o pensador conclui, dizendo: “Quando vocês discutirem, não deixem que os seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta”.
(Mahatma Gandhi)

FILOSOFIA

FILOSOFIA
PROFª. ESP. FILOMENA LAGES

SOMOS AGENTES TRANSFORMADORES

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro.
Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes.
Porque estamos em constante processo de mudança.
(Paulo Coelho)

SOMOS AGENTES TRANSFORMADORES

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

AVALIAÇÃO: O erro

AVALIAÇÃO: O ERRO NA RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Profª. Esp. Maria Filomena Lages Souza
filolages@hotmail.com


A avaliação é entendida como um processo meramente técnico de comparação e de medir o quanto o aluno aprendeu, vista dessa forma como uma sentença e não como diagnóstico. O mais comum é transformar a avaliação unicamente em um ato de aplicar provas, atribuir nota, classificar os alunos para reprovar ou aprovar. O professor precisa compreender a avaliação como parceira no processo ensino-aprendizagem tendo como objetivo a construção do conhecimento, e mais, com objetivo de satisfazer de maneira mais ampla a sociedade, uma vez que através da apropriação de conhecimento a sociedade poderá promover e entender a realidade. A avaliação não deve ser compreendida como medida, porém dentro de uma visão ampla que propicia o crescimento do aluno e a qualidade da escola, considerando o sistema avaliativo como um processo sistemático, contínuo e integral voltado para a totalidade da pessoa do aluno, em todos os seus domínios. Para tentar realizar qualquer proposta de avaliação escolar, primeiramente é necessário tecer algumas considerações a respeito do erro no ensino-aprendizagem. Dentre essas considerações, encontra-se a visão distorcida de muitos educadores em usar a avaliação apenas para classificar o aluno, cujos resultados finalizam na obtenção da nota. Dessa forma, o aluno vai internalizando desde as primeiras séries que deve está constantemente preparado para ser medido, classificado e rotulado, visto como um objeto da avaliação. A percepção de erro que gerava a culpa e o castigo tem servido de ponto de reflexão, para alunos, professores e pesquisadores como: HOFFMANN, LUCKESI E VASCONCELLOS. A prática pedagógica não avalia o erro, o fato, mas uma imagem do mesmo carregada de preconceitos. O fato já é prejulgado e condenado. O papel construtivo do erro na avaliação era visto por Demóstenes como uma esperança e dessa forma busca-se o caminho a percorrer no sentido certo. OARESHOT apud AQUINO (1997, p.12) afirma “ a aprendizagem não começa com a ignorância, mas com o erro.” Atualmente, a tendência nos meios educacionais é conceber o erro como indicador para o redimensionamento do planejamento curricular, dos métodos e estratégias. O erro já não é visto como ineficiência unilateral mas dos dois pólos do processo ensino-aprendizagem. O entendimento de que o erro pode resultar de vários fatores, envolvendo a escola, o currículo, a prática educativa do professor e o esforço dos alunos tem levado os educadores a uma nova concepção do processo de avaliação. De acordo com a visão equivocada do erro verifica-se a necessidade de uma prática que possibilite a elucidação das dúvidas, a oportunidade do aluno revelar seu pensamento, seus receios de cometer erros, levando o professor do século XXI a ultrapassar posturas convencionais na avaliação do desempenho do educando.

DEUS NEGRO


DEUS NEGRO


Eu, detestando pretos, eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto, gritando: "separação"!
Eu, você, nós... nós todos, cheios de preconceitos,fugindo como se eles carregassem lodo, lodo na cor...E, com petulância, arrogância, afastando a pele irmã.Mas, estou pensando agora, e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas,se eu chegasse lá e um porteiro manco, como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta, e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco, como as mãos do cego que não ajudei? Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei?
Se uma criança me tomasse pela mão, criança como aquela que não embalei, e me levasse por um corredor florido, colorido, como as flores que eu jamais dei?
Se eu sentisse o chão frio, como o dos presídios que não visitei? Se eu visse as paredes caindo, como as das creches e asilos que não ajudei?
E se a criança tirasse corpos do caminho, corpos que eu não levantei dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos, que era vagabundagem, mas era fome?
Meu Deus! Agora me assusta pronunciar seu nome. E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu, como da prostituta que eu usei, ou do moribundo que não olhei, ou da velha que não respeitei, ou da mãe que não amei ? Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa, porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei, sei lá, só dei desgosto?
E, no fim do corredor, o início da decepção. Que raiva, que desespero, se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho, o maldito funcionário, e até, até o padeiro, todos sorrindo, rindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono. Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção. Deus na cor que eu não queria, Deus cara a cara, face a face, sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro!
Deus negro? E Eu... Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os negros, não aluguei casa, não apertei a mão. Meu Deus você é negro, que desilusão!
Será que vai me dar uma morada? Será que vai apertar minha mão? Que nada. Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto. E agora? Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?Deus, eu não podia adivinhar. Por que você se fez assim?Por que se fez negro, negro como o engraxate, aquele que expulsei da frente de casa?
Deus, pregaram você na cruz e você me pregou uma peça. Eu me esforcei à beça em tantas coisas, e cheguei até a pensar em amor, Mas nunca, nunca pensei em adivinhar sua cor.

Neimar de Barros

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PESSOAS DO SIM, PESSOAS DO NÃO


PESSOAS DO “SIM” PESSOAS DO “NÃO”
Há pessoas do “sim” e pessoas do “não”.
Pessoas do “sim” são aquelas para as quais tudo é possível, desde que tentando com firmeza. Pessoas do “sim” são aquelas que acreditam em principio que todas as pessoas são boas e capazes até que seja provado o contrario. Pessoas do “sim” são aqueles funcionários que estão sempre pronto a colaborar, a testar idéias, a comprometer o seu tempo com um novo projeto, a tudo fazer para que as coisas aconteçam. Pessoas do “sim” são pessoas entusiasmadas com o que fazem, com o que são, com as possibilidades de fazer as coisas de forma diferente. Pessoas do “sim” são as bem-humoradas, as com sorriso pronto, aquelas com as quais temos prazer em conviver, conversar, trocar idéias. Pessoas do “sim” são aquelas que fazem tudo e ainda encontram tempo para colaborar, participar, ajudar.
Mas há, também, pessoas do “não”.
Pessoas do “não” são aquelas para quem nada é possível. Pessoas do “não” são aquelas que vivem dizendo que já viram esse filme antes...,e tudo é papo furado. Pessoas do “não” são aquelas azedas, amargas, vivem com uma nuvem negra sobre suas cabeça. Pessoas do “não” são aquelas que não tem tempo para nada, são ocupadíssimas (!?) e nada fazem. Pessoas do “não” que vivem isoladas e dizem que estão cumprindo o seu dever que é sempre criticar, não-praticar, não-colaborar, não-fazer. Pessoas do “não” são aquelas com as quais temos horror em trabalhar; Cuidado! O mundo de hoje só tem lugar para as pessoas do “sim”.

Convido você meu aluno(a) acadêmico do curso de PEDAGOGIA a fazer parte do grupo seleto das pessoas do “SIM”.

Profª. Esp. Filomena Lages
Políticas Públicas e Educação: Desafios para a Construção de Práticas Inclusivas


Indubitavelmente políticas públicas e educação formam a parceria perfeita para desenvolvimento e porque não dizer para o crescimento sócio-educacional do país no limiar do 3º milênio.

Incluir tem sido palavra de ordem na educação brasileira, no entanto percebe-se que a falta de amadurecimento ou de interesse faz com que a falta de amadurecimento ou de interesse faz com que permaneça no marasmo. E isto não se aplica apenas, a educação básica, observa-se também que no Brasil as Instituições de Ensino Superior (IES) tem enfrentado problemas no que diz respeito ao avanço na construção de um conhecimento cientifico solido. A Implementação de práticas inclusivas através da formação continuada dos educadores envolvidos no processo educativo viria favorecer o impulso no que diz respeito à elevação do nível dos profissionais da educação.

As políticas públicas direcionadas para a educação ainda no estão sendo trabalhadas com direcionamento para que cada setor consiga aproveitar e tão logo crescer levando o resultado desse crescimento a quem de direito.

Políticas Publicas e Educação, o desafio do 3º milênio, e o que tem sido feito para por em prática o resultado desse investimento? Fala-se nas escolas inclusivas onde maioria não incluem, não são adaptadas para os alunos portadores de necessidades especiais, os professores são aproveitados de acordo com a necessidade da escola, as famílias sem esclarecimento, sem norteamento conformam-se e ainda agradecem pela chance de ter uma escola que receba a criança..

Faz-se necessário ter pessoas a frente do processo educativo, preocupadas e com o olhar voltado para processo inclusivo de acordo com a necessidade de cada um. Como diz EIDE, apud Hartley “Homens necessitados não são homens livres”, sem liberdade falta também o interesse e o entusiasmo. Não pode ser esquecido que “o aluno é a peça fundamental para a formação de um futuro promissor” (Bertalote). No entendimento de Moacir Gadotti olhando o educador é categórico quando diz que “ todo educador, todo profissional da educação tem que ser aluno para que esteja vendendo um produto de qualidade”.

E preciso que surjam propostas com inovações no sentido de despertar não somente os profissionais da educação, como também as autoridades responsáveis pela aplicação e pelo desenvolvimento dessas políticas publicas, no qual o objetivo esteja voltado para o crescimento do setor educacional do país, uma vez que a educação é a base para o progresso de toda nação.


Profª. Esp. Filomena Lages

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

GANHAMOS A VIDA COM O QUE RECEBEMOS, MAS CONSTRUIMOS UMA VIDA COM O QUE DOAMOS.
NÃO TENHA MEDO DE DAR GRANDES PASSOS. NÃO SE PODE ATRAVESSAR UM ABISMO COM DOIS PULINHOS.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ARISTÓTELES

Disse o filósofo grego Aristóteles: " Os homens reconhecem como natural o desejo de conhecer. Mas a maneira pela qual cada um desenvolve esta busca não é a mesma."

TRABALHO DE DEUS

A sala de aula destina-se a ser um templo de fé, uma oficina de esperança, um hospital de caridade, uma casa de amor, uma biblioteca de sabedoria, um jardim da eternidade e um trabalho de DEUS.

ÉTICA

Não há profissional mais tedioso do que um péssimo professor.
ESTUDAR É DIFERENTE DE APRENDER: Estudar é conhecer as lições e aprender é interiorizá-las.
Vivenciar o aprendizado é a melhor maneira de não esquecer as lições
uitos alunos preocupam-se mais com as notas de suas avaliações do que propriamente com o aprendizado. Isto em decorrência do clima de terror engendrado por certos educadores, por alguns sistemas educacionais e tambem pela indisciplina associada à preguiça mental desses educandos.

ÉTICA

A primeira lição que uma escola deve oferecer aos educandos e educadores são as suas regras internas de comportamento, que devem estar inspiradas na sensatez, na decência e na disciplina moral.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EVOLUÇÃO

CRESCER É FICAR MAIOR, EVOLUIR É FICAR MELHOR.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

DETERMINAÇÃO

Toda manhã na África um leão se levanta, sabe que terá que ser mais rápido que a gazela ou morrerá de fome. Cada manhã na África uma gazela se levanta, sabe que terá que correr mais rápido que o leão, ou será devorada por ele. Quando o dia nasce não importa se és leão ou gazela,
é melhor começar a correr.